terça-feira, 17 de maio de 2011

25 de Abril de 2011 - Nas imediações do Gerês



Por este Minho a dentro


Um dia de Aventura, um 25 de Abril diferente, um passeio a bordo de uma scooter que me tem proporcionado alguns momentos de agradáveis descobertas.

Com saída de Guimarães, já quase ao final da manhã, por força de imprevistos que obrigaram a Pendura a trabalho extra, dirigímo-nos à Póvoa de Lanhoso.


Ficámo-nos pelo Parque Urbano, muito recente e muito acolhedor, com um Castelo da Póvoa de Lanhoso a olhar e a guardar o recinto.


Uma agradável mancha verde, recheada de bons aparelhos de manutenção física, com um calmo regato a ladeá-lo, inserido na malha urbana, a dois passos do Centro.



Aqui e ali umas árvores proporcionando uma agradável sombra e lar a algumas libelinhas, sinal de pureza das águas que por ali correm livremente.



Aqui e ali, magníficos momentos captados por uma câmara fotográfica sempre a postos.


Do Parque fomos até um restaurante nas imediações onde reconfortámos o corpo.

Depois deste, já bem retemperados e abastecidos, partimos à descoberta do Carvalho de Calvos, um imponente Carvalho com cerca de 1.000 anos, inserido num Parque Biológico muito interessante e atractivo.





Aqui permanecemos um pouco a saborear a paisagem e a refrescar o corpo à sombra, que o Sol ia bem alto e parecia um dia de Verão.

De regresso à estrada, olha-se o horizonte em redor e define-se um alvo, algures perdido na paisagem, tenta-se a sua localização no magnífico GPS e ala que se faz tarde.


Em redor, não existe ponto mais alto.


Ao longe, parece um qualquer miradouro perdido na paisagem.


A aposta está feita, rodas ao caminho à descoberta de recantos deste Portugal profundo.


Por mares nunca de antes navegados, por este aprendiz de marinheiro, claro está, eis-nos chegados a.....






É isso! Um miradouro.


Santuário de S. Mamede.


Com o empreendimento eléctrico da Caniçada ao longe:




Quase nem se dá pela Caniçada mas está lá, algo distante, mas está lá!






A Capela de S. Mamede, o objecto distante que ao longe me havia atraído as atenções sem que a sua identificação fosse possível.




Uma imagem de uma Santa que conheço de outras paragens bem mais longínquas, N. Srª. de Lourdes.


Quem diria que a viria a encontrar num topo de uma montanha em plena Serra do Gerês!




Ligeiramente mais acima, um abrigo do Guarda Florestal que mereceu uma incursão, quase uma escalada.




No caminho, encontramos uma Cruz, cravada na rocha granítica.




A perder de vista, a paisagem é algo limitada pela bruma que no horizonte nos limita o olhar.


Mesmo assim, é perfeitamente visível dali o Sameiro, em Braga.




Iniciada a escalada, a cada passo dava gosto olhar para trás.




Já estavamos a meio da escalada e ainda faltava outro tanto.




Aqui e ali o olhar perdia-se por um infinito que dava gosto fixar os olhos.




Mais uns passos, mais um esforço sob um Sol escaldante, transportando os casacos de motard, que ao fim de uns passos longos parecem pesar cada vez mais, e a paisagem obtida vale todo o esforço e nos compensa pela imensa beleza.








Estamos no topo. Em redor, não se vislumbra elevação mais alta.


Estou em crer que em dias de horizonte límpido o olhar deve conseguir alcançar o Oceano Atlântico, a largas dezenas de quilómetros de distância!


Saboreada a paisagem, com alguns momentos de descanso sobre o maciço rochoso onde nos encontrávamos, refrescado o corpo com a brisa que nos aliviava o calor, chegados já quase ao final da tarde, havia que retomar caminho com destino a Guimarães.


Uma última espreitadela ao GPS, afim de definir o rumo a seguir.




Já na descida, houve tempo para parar aqui e ali afim de registar momentos que não haviam passado despercebidos na subida, apenas havia um objectivo a ser alcançado e esse, já o havia sido!


A natureza, aqui e ali, brinda-nos com situações difíceis de entender o equilíbrio de forças que jogam no seu conjunto os maciços rochosos que desafiam literalmente a Lei da Gravidade!!!





Um último olhar para trás e vê-se ao longe o posto de vigia do Guarda Florestal, onde momentos antes havíamos estado.




Mais umas centenas de metros descidos e a Lei da Gravidade continua a ser claramente desafiada.





Desafiando também a Lei da Gravidade, e o cansaço das pernas que a jornada já ia longa...




Não! Não estou em cima daquela rocha em equilíbrio instável!


Ilusão de óptica, ou mestria da fotografa de serviço que "manipulou" sem querer a paisagem.



Eu era demasiado pequeno para conseguir subir para cima daquele monstro granítico.



E este foi o último registo fotográfico antes de abordarmos o regresso a Guimarães passando por lugares e lugarejos, sempre ao sabor do GPS, desfrutando aqui e ali com mais uns brindes que ficaram apenas registados no olhar.


E foi uma aventura em duas rodas que dificilmente seria alcançada numa autocaravana, no meu "Hotel Rolante".


Não teve as mesmas comodidades de um Hotel, do meu "Hotel Rolante", nem da viatura que me transporta tantas vezes a outros locais bem mais distantes, mas proporcionou-nos outro tipo de aventuras, outro tipo de descobertas, de um Portugal cada vez mais Profundo que procuro avidamente descobrir e saborear.


Este Portugal tantas vezes esquecido e que está ao alcance de uma viatura de duas rodas que dá pelo nome de Scooter.


A segurança não é de facto a mesma, proporcionada por uma viatura de 4 rodas, mas o prazer e a Liberdade alcançada dificilmente será alcançada por outro tipo de viatura que não uma scooter.


Mais uma vez, termino este relato divulgando dois Clubes de Maxiscooter's, dois locais onde se procura difundir este meio de transporte, dois locais onde se procura incutir, nos seus leitores e seguidores, conceitos de segurança que nos podem proporcionar momentos de Liberdade e até de Fraternidade entre os Povos.


São eles:






















A todos os leitores deste blogue, muito para além da mensagem de Aventura e Descoberta dos cantos e recantos deste País à beira mar plantado, fica o apelo ao Civismo, ao Respeito pelo Próximo e também pelo Ambiente, pela Natureza.


Um dos lemas que aprendi no meu tempo de escuteiro, na Natureza, não tires mais que fotografias e não deixes mais do que pegadas.


É também essa a função deste blog, destes relatos, difundir locais mas também conceitos que podem e devem ser um apanágio das nossas Vidas.


Segurança Rodoviária, precisa-se!


Civismo, exige-se!


Respeito, agradece-se!


A todos, boas curvas, bons passeios, um abraço e até sempre,


José Gonçalves
(Guimarães)

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