segunda-feira, 2 de maio de 2011

02 de Maio de 2011


* Pelo Estuário do Douro *

Após um final de semana algo azarado, com um acidentezeco a azedar o ambiente, nada como teimar seguir viagem demonstrando que não são as vicissitudes de vida motivo bastante para nos derrubar os desejos de viajar, de descobrir novos rumos, novos cantos e recantos.

Com uma "reparação", provisória quante baste, nada como um desvio até à Foz do Rio Douro, onde a bordo de uma scooter disfrutámos alguns bons momentos sob um Sol bem acolhedor para final de Inverno.

Chegados à Foz do Douro, margem Sul, Vila Nova de Gaia, estacionada a bichana com alguma "companhia".
Daqui subimos até uma pequena Igreja, construida na escarpa, em homenagem aos Pescadores.
Daqui, apesar de não ser muito elevada a sua localização, a vista é bastante agradável tendo como pano de fundo o Oceano Atlântico e a Foz do Porto.
Os Barcos Rebelos, um dos principais atrativos turísticos do Douro, vêem e vão ao sabor das correntes proporcionando aos viajantes imagens únicas.
Daqui, pela Margem Sul, seguimos até Vila Nova de Gaia, passando primeiramente sob a famosa ponte da Arrábida, uma obra de arte do falecido Engº. Edegar Cardoso, uma obra que une povoações que partilham um mesmo Rio, o Douro.

Mais adiante, ao virar de uma curva, eis que surge, não menos imponente, a Ponte D. Luis, também do não menos famoso Eifel, tendo por de trás a recente Ponte do Infante.
São pontes que unem margens separadas por algo que também partilham, o Rio Douro.

Chegados a Vila Nova de Gaia fomos inesperadamente brindados com uma "exposição" de viaturas de marca "Alfa Romeo", a grande maioria, clássicos.

Clássicos que me levaram num instante aos locos anos de 60/70, onde esta marca marcava o panorama internacional lado a lado com a BMW.

Uma exposição que me fez regressar por instantes à minha adolescência.



Um breve passeio pedestre e eis-nos perante mais um meio de unir povos e gentes, o Teleférico de Vila Nova de Gaia, que permitirá unir a margem inferior ao cimo da Ponte D. Luis, mais um meio de aproximar gentes.

À semelhança do Teleférico de Guimarães, que aproxima a cidade da Colina Sagrada, a cidade do seu pulmão verde natural, aqui encurtam-se distâncias.


Seguindo viagem, transpondo o Rio Douro pelo tabuleiro inferior da Ponte D. Luis, eis-nos mais uma vez no Cais da Ribeira, desta feita, na margem Norte, no coração do Porto, desta Cidade magnífica que no entanto desconheço.
Aqui, a vista tem outros encantos, olhamos a Sul, onde outrora havia sido a fronteira natural do Condado Portucalense.
E os cruzeiros turísticos, repletos de estrangeiros e nacionais, galgam o Douro oferecendo paisagens dificeis de esquecer, tesouros que se prepétuarão na memória e nos registos fotográficos captados.
Ao entardecer, a Ribeira fervilha de movimento, gente que buscou prazeres e os encontrou num Rio, Rio que separa e ao mesmo tempo une povoações que primam pelo bairrismo, que primam pelo bem receber.
E o relógio não para, e aguardava-nos ainda o regresso a Guimarães, ao Berço da Nacionalidade.

Por percursos perfeitamente desconhecidos, com o auxilio do precioso GPS, iniciamos a viagem de regresso sem passagem pelas vias rápidas, conhecendo ou descobrindo novos pontos que certamente merecerão um dia um novo regresso, uma nova aventura.

Este, foi um passeio pelas Margens do Douro, este Rio que tanto representa para este País.

Da minha parte, ficou, como sempre, a vontade de voltar, a vontade de viajar.

A bordo de uma scooter ou de uma autocaravana, ou apenas na simples condição de "enlatado", fica sempre a vontade de voltar, de viajar.

Da minha parte, fico por aqui e despeço-me com um abraço e até sempre,

José Gonçalves
(Guimarães)

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